quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2 - 1 único apelo.

Literalmente meses depois, algo suscitou minha vontade - e indignação - para cá vir a escrever. E, como o próprio título já diz, vamos ao que interessa: Tropa de Elite 2.
Hum, não, não vou manifestar meu profundo desconforto com a Tropa atual de Brasília e nem vou emitir qualquer comentário acerca das eleições que se aproximam (apenas: votem 45!).
O que está me perturbando mesmo são os comentários - seja via twitter, facebook, orkut e mais um quarto meio de comunicação à escolha- desfundados sobre o filme. Já vi, li e reli tanta coisa que estou começando a desgostar do filme.
Claro, eu sei, a "realidade nua e crua" está ali retratada. Mas o que eu acho incrível é que as pessoas precisam realmente de um filme de tal porte para se darem conta da realidade? Ficam indignadas apenas após ver o filme? O que é isso, Brasil???? E, como já disse - diga-se, via twitter -, o conformismo logo, logo vai voltar.
Não, também não estou propondo aqui uma revolução à la milícias, nem uma anarquia generalizada. Mas gostaria, sim, que as pessoas entendessem os jargões ali retratados antes de ficarem reproduzindo, por exemplo, o sistema. As pessoas realmente sabem da onde vem esse sistema? Sabem o fruto do modo colonizatório, ainda presente, no nosso país? Ou, mais: sabem a diferença entre BOPE, Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Pacificadora?
NINGUÉM pode emitir qualquer opinião sem saber, ao menos, sobre o nosso sistema, com origens históricas bem mais antigas que o Tropa de Elite 1. Por isso, indigna-me a reprodução de "opiniões" - não, não achei outro termo para algo que, com certeza, opinião não é - acerca do filme.
Não sei o que é necessário ser feito para que a situação do sistema mude - até porque, por mais paradoxal que pareça, nunca me interessei em estar na política. Mas uma coisa é certa: a informação é o bem mais valioso para que opiniões sejam demonstradas diariamente, sem que seja necessária uma obra a padrões hollywoodianos para que as pessoas venham a se indignar e tecer considerações sobre o nosso país. Então, se é assim, por favor, façamos um bem à sociedade brasileira: vamos procurar nos informar, ir além do filme, entender a realidade, para, então, virmos a nos indignarmos, virmos a reproduzir falas e procurarmos, de forma democrática, sólida e fundada, uma solução para o sistema mostrado, não no filme, mas na realidade.
Então, fica meu apelo: INFORMEM-SE!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

As estórias que a História nos conta.

(dou-me o direito de fazer esse post, uma vez que minhas raízes negras e índias são tão fortes quanto austríacas e italianas)

Dia desses, vi uma chamada em um site "5 coisas que você não sabia sobre Hitler". Logo, tratei de aprender essas 5 coisas que, como já deveria saber, eram a repetição da sabedoria popular. Que Hitler fora um genocida, inegável. Não duvido, também, que, certamente, carregou traumas e loucuras incuráveis e nem vou dar uma de Ahmadinejad ao negar fatos.
Mas agora, vamos e convenhamos, opor-se à ideia de que ele fora um grande estrategista, um líder nato, já é demais! Pelo menos, dentro do meu pequeno entendimento sobre o assunto, posso contar uma coisa que poucos, talvez, saibam: Hitler foi um dos primeiros defensores dos direitos humanos, por mais absurdo que isso soe! Sim, a questão não paira, exatamente, sobre a defesa de tais direitos, mas no que seriam humanos, sendo que, para ele, resumiriam-se na raça ariana. Mais uma: talvez, por seu incentivo, o povo alemão conseguiu recuperar a credibilidade na nação - coisa que nós, brasileiros, não sabemos (prefiro nem comentar o sentimento nacionalista na Copa do Mundo). Mas, como a história é contada pelos vencedores, acabam surgindo essas estorinhas que mais me parecem novelas.
Enfim... o que eu queria mesmo é que a História me explicasse, mais do que Hitler, as atrocidades do Neocolonialismo, quando então a teoria de Darwin fora usada de maneira mais radical que as armas de Hitler. Queria entender os desaparecimentos da época de Pinochet, ou talvez, tornar mais clara a ligação da CIA com a limpeza étnica da Bósnia. Queria, ainda, que o capitalismo fosse colocado à prova, com os fatos da guerra desleal que a indústria farmacêutica impôs na África Central. Bem na verdade, o que eu queria mesmo era uma História marcada pela realidade, mas a presente, tal como nossa sociedade, é "até onde a humanidade conseguiu chegar"....

domingo, 1 de agosto de 2010

Pra não dizer que não falei das flores....

Bom, em um final de domingo melancólico - tal como todos os outros -, deparei-me pensando sobre a subjetividade da beleza.
Beleza, para a minha geração, talvez sejam os ícones já "desgastados" como Brad Pitt, Tom Cruise, Rodrigo Santoro e tantos outros considerados "it boys". Ou, quem sabe, os galãs descartáveis do momento, como Justin Bieber, Robert Pattinson, Zac Efron e tantos outros que eu, no alto da minha ignorância, não saberia aqui citar.
Mas como sempre andei na contramão de esteriótipos, prefiro classificar a beleza como algo além de uma cara, de um estilo, de um charme. Gosto mesmo daquilo que aflora além da genética, daquilo que transparece pelo que se diz, pelos gostos, pela forma de pensar e agir. Talvez - ou melhor, com certeza - por isso minhas predileções foram sempre motivos de piada. Gael Garcia Bernal (por algo MUITO além de seu físico), Tony Blair, Fernando Henrique, Che Guevara, Ricardo Amorim e até mesmo - pasmem! - Zeca Camargo, são meus tipos preferidos.
Acredito que a maturidade faz com que saibamos diferenciar o que é realmente belo, o que é realmente classificado, por mais subjetivo que seja, como beleza (e maturidade NÃO vem com a idade - vem com tantas outras definições que perderia o foco deste post).
Hoje, na minha realidade, idade e conjuntura, conheço poucas pessoas que se encaixam nos meus padrões de beleza. E, talvez, por isso - como já dizia o poeta, "beleza é fundamental" - perco o interesse tão rápido nas pessoas....

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O circo chamado América Latina.

Uribe denuncia à OEA que Caracas protege guerrilheiros das Farc. Chávez decida "romper" relações diplomáticas com a Colômbia (leia-se, ESTADO colombiano). Lula insinua que o conflito é por motivos pessoais. Equador convoca cúpula presidencial na Unasul.

Resumidamente, é assim que se desenrolaram os últimos episódios diplomáticos da América Latina. Em minha modesta opinião, armou-se mais uma atrocidade diplomática, especialmente pelas declarações do triângulo Venezuela, Brasil e Equador. Equador? Sim, Equador! E talvez seja a pior delas. Vamos analisar: se Uribe denunciou o governo venezuelano na OEA, por que diabos o Equador convocou uma reunião na Unasul? Para demonstrar que a OEA não é um organismo forte o suficiente? Mil perdões, mas como defensora da amplitude de organizações internacionais, isso fora a maior manifestação de ignorância por parte dos oito chanceleres que participaram! A OEA não é um organismo norte americano, condena, em âmbito internacional, os Estados que se submeteram ao estatudo constitutivo de sua Corte (Lei Maria da Penha é uma prova viva de tal) e tem poder suficiente para investigação de violações, visto que os Estados dispenderam parte de sua soberania para a criação de tal poder. Agora, realmente, falar em compartilhamento de soberania nessa mistura de anarquia/totalitarismo que vivem os Estados da Venezuela e Equador, realmente, é complicado. A solução que eu vislumbro é, dado o atraso mental, governamental e público, é uma Primeira e Segunda Guerra " Mundial" para esses países. Afinal, não foi assim que a Europa aprendeu que mais vale uma União Europeia com poder próprio que mil outras com influências localizadas?
Bom, quanto às declarações do Lula, acho que aquele chefe de Estado que não sabe diferenciar o Estado de uma pessoa, não sabe, realmente, o que está falando. E muito menos qual o papel de uma OEA, Unasul, Mercosul e mais tantas outras organizações que demonstram, tal como nosso presidente, a fragilidade e a ignorância da América Latina.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

The first.

(IN)Felizmente, este não é mais um blog de moda. Por mais paradoxal que soe - afinal, não estaria na moda ter um blog? -, o que pretendo é apenas pensar e expressar minhas opiniões - sobre assuntos que, com certeza, NÃO versam sobre moda. E nem pretendo que alguém goste... Quero mesmo é mergulhar nas profundezas que habitam minha alma, que, sinceramente, está longe de ser tão clara como meus olhos.